domingo, 6 de junho de 2010

Outra mudança no local de trabalho

”Depois da tempestade vem a bonança”, diz o ditado popular, e por volta do ano de x nova mudança se produziu e fui então trabalhar para a Rua X. Por esta altura já tinha a vida mais facilitada, as filhas já crescidas, os transportes melhores, pouco tempo depois de ali trabalhar, abriu a Estação do Metro de Lisboa da Baixa-Chiado, o que reduziu muito a duração das deslocações diárias de ida e volta para o emprego. A Empresa, a gerência actual, comprou novo edifício.
Lembro-me do tempo em que havia uma máquina de escrever e uma máquina de somar manuais, para toda uma secção de cerca de dez a doze pessoas, onde eu trabalhava. Todo o trabalho era manual. Mais tarde, apareceram as máquinas de escrever e de calcular eléctricas.
Só muitos anos mais tarde, por volta dos anos oitenta, apareceu ali o 1º computador, que foi uma grande invenção. Como este computador servia toda a Secção, diariamente tínhamos de nos inscrever para o pudermos utilizar.
Lembro-me que um dia perguntei à minha Chefe: Porque é que não temos um computador para cada um? Ao que a minha Chefe respondeu: “Já viu que um computador para cada um iria ficar muito tempo parado, e é um grande investimento para a Empresa?”
Nessa altura houve uma grande necessidade de formação por parte das Empresas, à medida que adoptavam este equipamento e também da parte dos empregados que sentiam que precisavam de aprender relativamente depressa, para a rentabilizar a Empresa. O computador revelou-se um utensílio muito prestável e útil, nas tarefas que fazemos no nosso dia-a-dia, pois permite organizar, rentabilizar, comunicar e ainda tem muitas mais potencialidades. Designa-se por “computador” um dispositivo electrónico preparado para controlar dados. É constituído por componentes electrónicos, e tem um sistema operacional, que lhe dá as instruções.
Passei por todo esse processo. A Empresa não ofereceu de imediato formação para todos os trabalhadores. Eu própria, por necessidade de serviço fiz um curso de Excell, pós laboral de duas semanas, pago por mim. A Empresa mais tarde fez acções de formação para todos, mediante calendarização.
Quando trabalhava na Empresa, utilizava a Intranet (Internet interna) para comunicar com os meus colegas como meio mais rápido de resolver questões ou simplesmente para comunicar.
Aprendi a trabalhar com o programa SAPO, onde estava integrado todo o processamento dos Fornecedores, desde o registo da factura, passando pelo extracto de conta até ao pagamento aos Fornecedores tudo se passava no SAPO.
Também trabalhei nos últimos anos com um programa especial para conferência das contas bancárias. Os dados do Banco e os movimentos internos eram introduzidos directamente pela Informática, o programa fazia a conferência automática e no fim saía uma folha com os movimentos não conciliados, para serem observados um por um e posterior conciliação.
Trabalhei muito com o Excell, a nível dos lançamentos de Contabilidade. Usei o Word para escrever cartas ou comunicações internas.
Quando vim trabalhar para este edifício, gostava muito do trabalho que fazia e além disso, tinha uma certa liberdade por ter a responsabilidade nas tarefas que executava há já algum tempo. Apresentava o trabalho feito, quando havia erros apontados, corrigia e apresentava de novo. Atendia os telefonemas e fazia a correspondência, respondia às chefias (D. Rosa, Chefe directa) e à Direcção, periodicamente. Colocava todo o meu empenho em executar correctamente tudo o que me era pedido.
Após um processo de fusão, houve alteração da chefia, passou a ser o Sr. Manuel Pires, o meu chefe directo, com consequente mudança de serviços, de métodos, de critérios e da forma como a equipa era gerida. O Sr. Manuel, chegou da outra Empresa, conhecia melhor os outros colegas que o acompanharam, distribuiu o serviço segundo o seu critério, daí que foi tudo novo para mim, e para os meus colegas. Já não tinha a mesma liberdade, nem responsabilidade, no entanto procurei desempenhar esta mesma tarefa com ética profissional, dando o meu melhor, com empenho, reorganizei os meus métodos de trabalho e de procedimento, procurando adaptar-me ao novo lugar.
Penso que a forma como a secção de contabilidade foi organizada, foi especialmente para que cada chefe pudesse ter a sua equipa, serviço, etc. Mesmo a Direcção passou a ter dois níveis intermédios, e um Director no topo, com resposta à Administração.
No meu novo serviço deixei de fazer a correspondência, pois passou a haver uma pessoa que só fazia as cartas. Recebia as notas das Agências, classificava-as e fazia o lançamento em Despesas Gerais, na conta respectiva, se era uma despesa, ou em Receitas, se era um recebimento, por contrapartida da conta corrente da Agência. Neste momento, o saldo da Agência ficava saldado. Outras pessoas conferiam as contas, pois poderia haver um erro ao lançar noutra Agência, ou noutra conta de D.G. e havia que rectificar. Contactava com as Agências, periodicamente, por mail ou telefone, a solicitar o envio dos documentos, quando verificava atraso no seu envio, para que os lançamentos se fizessem no mês respectivo. No início deixei de arquivar, porque também aqui, passou a haver uma pessoa encarregue de todo o arquivo, de resto trouxeram com eles um arquivo fisicamente muito bem organizado, com estantes deslizantes por meio de manivela, que não havia antes. No que toca ao arquivo, comecei por entregar as notas de contabilidade que fazia, para o meu colega arquivar, mas com o tempo percebi que o tempo que ele levava a faze-lo (tinha uma forma de gerir o arquivo e o tempo, muito dele), não me satisfazia. Se eu precisava de fazer uma consulta, não encontrava o documento, então passei a arquivar as minhas notas no final de cada dia.
Tal como eu tentei organizar-me, também os meus colegas fizeram a sua adaptação ao novo serviço e lugar, fazendo os ajustes necessários.
No geral, houve muito tempo gasto a reorganizar e harmonizar todos os aspectos, mas creio que as pessoas envolvidas terão feito o seu melhor. Afinal tudo não passa de um jogo do “Capital”, que em determinado momento, compra e vende as Empresas (com o seu Capital Humano), e cada um tem de fazer o seu melhor para continuar.
Os computadores são cada vez mais fáceis de utilizar.
Os seus principais componentes são: Unidade Central de Processamento, CPU, Software, Dispositivos de entrada Input, Dispositivos de saída Output, Dispositivos de armazenamento ou Memórias, hardware, monitor, rato, teclado, sistemas operativos, colunas, sistema de refrigeração, ventoinha, placa gráfica, placa de som.
O monitor é um periférico de afixação do computador. Existem duas famílias de monitores, os catódicos e os planos. Os catóticos foram os primeiros a surgir, são volumosos, pesados e possuem um consumo de energia elevado. Os monitores planos, mais recentes, ocupam menos espaço, são mais leves, têm um fraco consumo eléctrico e uma definição de imagem superior aos mais antigos. Os LCD (liquid crystal display), ainda mais recentes, são fruto de tecnologia mais avançada. Possuem uma tela plana, têm melhoria de imagem, cansam menos a vista, consomem menos energia e emitem menos radiação nociva. Como características técnicas dos monitores, temos a Definição: é o número de pontos (pixel) que o monitor pode afixar. Geralmente é compreendido entre 640x480 (640 em comprimento e 480 em amplitude).
Dimensão: calcula-se medindo a diagonal do monitor. Normalmente os monitores maiores possuem melhor definição. As medidas standard são apresentadas em polegadas/centímetros. Por exemplo: 14 polegadas/36 cm ou 21 polegadas/53 cm.
Passo de máscara (do inglês dot pitch), significa a distância que separa dois luminoforos. Quanto mais esta é pequena, mais a imagem é precisa.
Resolução: Determina o número de pixéis por unidade de superfície. A título de exemplo, 300 DPI (Dots Per Inch), ou pontos por polegada significa 300 colunas e 300 alinhamentos de pixéis por polegada quadrada.
As diversas marcas existentes continuam a trabalhar no sentido de apresentar cada vez melhores definições, contraste e sistemas mais amigos do ambiente.
O sistema binário permite que todos os circuitos e dispositivos consigam partilhar informação. É necessário que respeitem um modelo comum. Como só existem dois estados a nível físico, presente ou ausente, o sistema tem de ser de base dois (binário). A cada um dos estados é atribuído um dígito (0-ausência e 1-presença de corrente), ou falso e verdadeiro.

Helena

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