sábado, 5 de junho de 2010

A minha vida laboral

Fui trabalhar para uma pequena Empresa, que mais tarde, mercê de várias fusões ao longo do tempo, se tornou numa grande Empresa.
Ali fiz parte do meu percurso profissional e, embora em alguns momentos tenha pensado seguir outra via, fui ficando, cumprindo assim 40 anos de trabalho. Quando entrei, fui trabalhar para a Contabilidade, relacionei-me com o “Deve/Haver” e o “Débito/Crédito”. Os lançamentos eram feitos à mão. Na época só existia uma máquina de escrever e algumas máquinas de calcular de dar à manivela. Como éramos poucos, quando faltava alguém era preciso ir ajudar noutras áreas. Cheguei mesmo a fazer as fichas de ponto, onde cada um tinha um cartão com o seu nome, que colocava na ranhura do relógio que se encontrava à entrada. Anos mais tarde, na época dos computadores, o controlo era feito pela abertura e fecho do computador. Aprendi a fazer lançamentos, passei cheques e livranças. Conferi contas bancárias e tinha contactos frequentes com os vários Bancos.
Após o “vinte cinco de Abril”, a Empresa foi nacionalizada e assim permaneceu durante alguns anos.
O 25 de Abril, ou a Revolução dos cravos é o nome pelo qual é conhecido o Golpe de Estado Militar que em Portugal derrubou o regime que então vigorava, sem ter havido derramamento de sangue nem muita resistência por parte das forças leais ao governo. A revolução foi organizada pelos militares que combateram nas antigas colónias e denominou-se, Movimento dos Capitães. A adesão popular veio depois, durante o dia quando as tropas estavam na rua, e foram aclamados pelo povo em euforia, que lhes ofereceu cravos.
O governo do regime que estava instalado desde há muitos anos, era presidido pelo 1º Ministro Marcelo Caetano, que sucedeu a Oliveira Salazar. Sob o governo do Estado Novo, o sistema em vigor era a ditadura. Neste regime, havia a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), que mais tarde foi desmantelada. Na visão histórica dos seguidores do regime, o país mantinha as suas colónias portuguesas em África. Mais tarde essas colónias foram descolonizadas e adquiriram a sua independência, nomeadamente Angola e Moçambique.
“Portugal acordou tarde para o fenómeno da descolonização. E acordou sobressaltado.”
CORREIA, Pedro Pezarat- "A descolonização".
Uma notícia publicada num jornal francês, após o 25 de Abril :
Le 25 avril 1974, le Portugal s'est liberé d'un demi-siècle de fascisme.C'est une date qui a une place importante dans le coeur des portugais.
L'espace d'une nuit, une revolution pacifique fut menée par les forces militaires et fit tomber la dictature en place. Le pouvoir se rendit presque sans résistance, s'apercevant bien vite qu'il n'avait aucune chance, et qu'il s'était laissé dépasser par les événements. Le 25 avril au matin, le soleil sur le Portugal était particulièrement radieux.
Cette révolution du 25 avril 1974 fut un modèle, tant par son organisation que par sa non violence.
Le 25 avril 1974 à 0h25m, une chanson retentit par le biais de la radio nationale... Grândola, vila morena... c'est une chanson interdite...Terra da fraternidade... il s'agit de “Grândola, vila morena”...O povo é quem mais ordena...de José Afonso...Dentro de ti, ó cidade... Elle est le signale... Dentro de ti, ó cidade...O povo é quem mais ordena... Le signal et surtout l'espoir qui revit...Terra da fraternidade... Grândola, vila morena... Une poignée d'officiers membres de la MFA s'emparent alors des points stratégiques du pouvoir... Em cada esquina um amigo... Em cada rosto igualdade... Le coeurs des portugais bat à cent à l'heure... Grândola, vila morena... Terra da fraternidade...
Pendant la journée, quelqu'un eut l'idée d'offrir à un soldat un oeillet, qu'il s'empressa de mettre symboliquement au bout de son fusil. Tous les soldats l'imitèrent, et furent bientôt suivis par la population. Les oeillets apparurent alors aux fenêtres, partout à travers le Portugal, en signe de joie, de victoire, de paix et de délivrance.
Le myte était né. Cette révolution du 25 avril fut appelée "Révolution des oeillets", et depuis, le Portugal est un pays libre et démocratique.
Et aucun n'oubliera cette journée et cette chanson de José Afonso.
Le 25 avril est depuis cette date un jour férié au Portugal.

Helena

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