quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os medicamentos



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Um medicamento é um produto farmacêutico utilizado para curar, aliviar ou prevenir doenças.
Os medicamentos são compostos por substâncias activas e excipientes. Substância activa, ou princípio activo é a substância de estrutura química definida responsável por produzir uma alteração no organismo. Os excipientes completam a massa ou o volume especificado. Um excipiente é uma substância inactiva usada como veículo para fixar o princípio activo.
Actualmente fala-se muitos nos MG (medicamentos genéricos), são cerca de 35% mais baratos, serão eles iguais aos medicamentos de marca? Então o que é um genérico?
Um medicamento genérico não tem marca, no entanto deve ser similar ao medicamento de marca, isto é todos os medicamentos genéricos possui a mesma composição qualitativa e quantitativa da substância activa. As indicações terapêuticas não podem diferir relativamente ao medicamento de referência.
Os genéricos têm ainda de ser identificados pela Denominação Comum Internacional (DCI), designação proposta pela Organização Mundial de Saúde, seguida do nome do titular da AIM (Autorização de Introdução no Mercado), da dosagem e da forma terapêutica e, por fim, da sigla "MG".
Outra condição fundamental declara que todos os direitos da patente de propriedade industrial relativos às substâncias activas ou ao processo de fabrico de um genérico têm de ter caducado, ou seja, um medicamento de referência só pode ter o seu genérico ao fim de alguns anos (cerca de quinze).
Como vantagens podemos observar múltiplos aspectos positivos. A segurança e a eficácia são alguns destes aspectos a considerar - comprovados através da realização de testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência. É também de ressalvar o baixo preço deste tipo de medicamentos, visto que os fabricantes não precisam de investir em pesquisa para o seu desenvolvimento e nem mesmo em publicidade. Com a entrada dos medicamentos genéricos no mercado, houve uma redução nos preços dos medicamentos de referência e verifica-se um constante desenvolvimento tecnológico das indústrias e consequentemente do país.
Desvantagens existem, porque apesar do processo de legalização de um genérico seguir normas rígidas, como por exemplo, testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência, sabemos que uma vez permitida a comercialização destes medicamentos, a fiscalização sobre a indústria produtora do genérico muitas vezes é insuficiente. Também as matérias-primas que são utilizadas nos primeiros medicamentos fabricados - utilizados nos testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência - podem ser substituídas, mais tarde, por outras com menor custo. Uma outra desvantagem consiste no facto de não haver ainda genéricos para todas as doenças.
Os genéricos chegaram a Portugal pelo ano de 1990. Daí para cá tem havido um aumento do valor na venda, que começou tardia no nosso país.
Em Portugal a Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, é a entidade competente do Ministério da Saúde, que regula a avaliação, autorização, inspecção e controlo de produção dos medicamentos.
Os medicamentos genéricos “apareceram” na década de 60, por iniciativa do governo dos Estados Unidos da América, o primeiro país a adoptar esta política.
Há diversos tipos de medicamentos tópicos, alguns sobrepõem-se: agentes de limpeza, protectores, anti-infecciosos, hidratantes, absorventes, os que aliviam os sintomas e os inflamatórios.
Todos os fármacos podem ter efeitos adversos, nem sempre descobertos na fase dos testes, mas é obrigatório trazer informação dos efeitos secundários junto ao medicamento.
Exemplo de um medicamento de marca/genérico, em comprimidos: no Ben-u-ron a substância activa é o paracetemol e contem outros ingredientes: povidona, amido de milho, talco, ácido esteárico, precipitado de dióxido de sílica, glicolato de amido sódico. Um genérico dos vários que estão no mercado: Paramolan, composto por: paracetemol, amido pré-gelatinizado, povidona e ácido esteárico.
Os medicamentos não sujeitos a receita médica podem ser encontrados e adquiridos fora das farmácias. Os farmacêuticos não concordam com esta medida, por haver risco para o utente, numa venda não apoiada, dizem. Ao contrário dos farmacêuticos, os médicos inquiridos concordam com a venda de medicamentos em outros locais, que não a farmácia. As farmácias não devem substituir um medicamento de marca por um genérico, se o médico não autorizou na receita.
Medicamentos anti-piréticos são usados para baixar a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal. Anti-inflamatórios são aqueles que normalmente fazem três acções: controlam a inflamação, reduzem a dor e baixam a temperatura. Os antibióticos combatem as infecções. Os anti-depressivos são usados para a depressão, para o sintoma do pânico, anorexia, bulimia, distúrbios afectivos, doença polar, enxaquecas, dores reumáticas e outras. Os analgésicos existem para suprimirem ou controlarem a dor de leve a moderada. Os fármacos de venda livre sem prescrição médica, estão destinados a indivíduos saudáveis, e a um uso ocasional. A auto-medicação traz vantagens e riscos, deve ser controlada, não se deve tomar medicamentos por sua própria conta e risco durante um longo período de tempo. O bom-senso deve estar presente no caso de haver dúvidas, deve-se consultar um médico ou farmacêutico. Os medicamentos que se vendem mediante receita médica são aqueles que podem constituir risco, se usados sem vigilãncia médica, neste caso, o médico deve indicar a dose e a frequência, isto é válido para os antibióticos, anti-depressivos e analgésicos fortes. No caso dos medicamentos injectáveis, também carecem de receita.

Bom trabalho p todos,

Helena